RESUMO
Os agricultores envolvidos na colheita do tabaco estão regularmente expostos a grande quantidade de agroquímicos. Para determinar como esta exposição a pesticidas induz alterações genéticas nestes agricultores, amostras de sangue foram obtidas de 77 indivíduos expostos e de 60 indivíduos não expostos. O dano ao DNA foi analisado pelo Ensaio Cometa e pelo Teste de Micronúcleos (MN). A capacidade antioxidante foi avaliada pela atividade da enzima superóxido dismutase (SOD), e a influência do polimorfismo do gene PON1 foi usada como um biomarcador de susceptibilidade. O teor de elementos inorgânicos foi determinado nas amostras de sangue pela análise PIXE. Nossos resultados mostraram que a freqüência de danos, índice de danos, freqüência de MN e a atividade da SOD foram significativamente mais elevados no grupo exposto em relação ao não exposto. O gene PON1 demonstrou influenciar a frequência de MN observada no grupo exposto. As concentrações de elementos inorgânicos foram maiores no grupo exposto em relação ao não exposto. Neste estudo observamos que danos genéticos e alterações no balanço oxidativo foram induzidos pela exposição dos agricultores a misturas complexas de pesticidas na presença de componentes inorgânicos, e pelas quais a influência do genótipo foi evidente.
Palavras-chave: pesticidas; ensaio Cometa; teste de micronúcleos; atividade da superóxido dismutase; gene PON1