RESUMO
Arsênio é um ametal amplamente distribuído na natureza e é distribuído e conhecido por sua elevada toxicidade. Muitos estudos tentaram elucidar o metabolismo do arsênio na célula e seu impacto para plantas, animais e à saúde humana. Em meio aquoso, arsênio inorgânico é mais comum e seu estado de oxidação (As III e As V) depende de condições físicas e químicas do ambiente. O objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade do arsênio a Daphnia similis e Ceriodaphnia silvestrii, isolado e associado a ferro. Os resultados demonstraram diferenças na toxicidade de As III e As V para ambas as espécies. Os valores médios da Concentração efetiva (CE50) foram 0.45 mg L-1 (As III) e 0.54 mg L-1 (As V) para D. similis, e 0.44 mg L-1 (As III) e 0.69 mg L-1 (As V) para C. silvestrii. Entretanto, o valor médio da CI25 para As V foi 0.59 mg L-1, indicando que C. silvestrii possui mecanismos para reduzir toxicidade de arsênio. Por outro lado, quando associado a ferro nas concentrações de 0.02 e 2.00 mg L1, os valores de CE50 decresceram tanto para D. similis (0.34 e 0.38 mg L-1) quanto para C. silvestrii (0.37 e 0.37 mg L-1), demonstrando efeitos sinérgicos entre as substâncias.
Palavras-chave: ecotoxicologia aquática; metais; efeitos agudos e crônicos; D. similis; C. silvestrii