Relativamente poucas investigações têm empregado métodos elétricos no ambiente submarino, o qual pode ser promissor para depósitos minerais ou ameaçado por problemas ambientais. Nós medimos o campo elétrico usando eletrodos em forma de disco e de barra na água do mar, em três níveis distintos: superfície, sete metros de profundidade, e fundo do mar a dez metros de profundidade, empregando um dispositivo dipolo-dipolo com 2m de afastamento, 7 níveis de investigação e 13 valores de freqüência a intervalos de (2N hertz, N = -2, -1, 0, 1, 2, ... 10). A medida permitiu a análise do campo elétrico como uma função de freqüência e afastamento, e da polarização induzida espectral. A modelagem e a interpretação da resistividade aparente se ajustaram bem aos dados de perfurações prévias. A análise do espectro da função complexa da resistividade aparente e sua comparação com circuitos equivalentes geraram informações a respeito de tamanho do grão, composição mineral e do aspecto principal do fenômeno de polarização ocorrendo abaixo do fundo do mar. Portanto, o resultado da presente pesquisa mostra ser exeqüível medir a variação da resistividade da água do mar, assim como a resistividade dos sedimentos do fundo do mar in situ.
resistividade aparente complexa; polarização induzida; modelagem direta; água do mar