RESUMO
Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do osmocondicionamento na germinação de sementes submetidas ao estresse salino e expressão gênica em sementes e plântulas de P. angulata. Após serem osmocondicionadas por 10 dias, a germinação foi testada em bandejas plásticas contendo 15 ml de água (0 dS m-1 - controle) ou 15 ml de solução de NaCl (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14 e 16 dS m-1). Avaliou-se massa fresca e seca da parte aérea e raízes de plântulas a 0, 2, 4, 6, 8 dS m-1. O RNA total foi extraído de sementes e plântulas seguido de RT-qPCR. Os genes-alvo selecionados para este estudo foram: ascorbato peroxidase (APX), glutationa-S-transferase (GST), thioredoxina (TXN), proteína transportadora para o potássio 1 (HAK1) proteína altamente sensível ao sal 1 (SOS1). A uma eletrocondutividade de 14 dS m-1 as sementes osmocondicionadas apresentaram germinação de 72%, em contraste com as sementes não osmocondicionadas que não germinaram. A expressão relativa de APX foi maior em sementes osmocondicionadas, o que pode ter contribuído para a manutenção de uma alta taxa de germinação em concentrações salinas elevadas. GST e TXN apresentaram aumento nos níveis de transcritos na parte aérea e raízes de plântulas provenientes de sementes osmocondicionadas. O osmocondicionamento incrementou a germinação de sementes, bem como a tolerância à salinidade, o que está correlacionado com o aumento da expressão de APX em sementes e SOS1, GST e TXN em plântulas.
Palavras-chave: RT-qPCR; germinabilidade; crescimento de plântulas; salinidade