RESUMO
Racional: Entre as opções para o tratamento cirúrgico da obesidade, o mais utilizado é o bypass gástrico em Y-de-Roux. A anastomose gastrojejunal dele pode ser realizada de duas maneiras, manualmente ou utilizando grampeador linear e circular, e as complicações são dividas em precoces e tardias.
Objetivo: Comparar a incidência de complicações precoces relacionadas com a confecção manual da anastomose gastrojejunal no bypass gástrico utilizando sonda de Fouchet com calibres diferentes.
Métodos: Foi realizada análise retrospectiva transversal com 732 pacientes submetidos ao procedimento, divididos em dois grupos, grupo 1 com anastomose de 12 mm (n=374), e grupo 2 de 15 mm (n=358).
Resultados: Os grupos apresentaram taxas de estenose de anastomose de 11% e 3,1% respectivamente, com p=0,05. Outras variáveis relacionadas à anastomose também foram analisadas, porém sem significância estatística (p>0,05).
Conclusão: O diâmetro da anastomose de 15 mm esteve relacionado à menor ocorrência de estenoses. Verificou-se, contudo, que estes pacientes apresentaram maior sangramento no pós-operatório e menor infecção de sítio cirúrgico. Não ocorreram fístulas na presente casuística.
DESCRITORES: Anastomose em Y-de-Roux; Cirurgia bariátrica; Derivação gástrica; Estenose