RESUMO
Racional A obtenção de hemostasia eficaz nas lesões traumáticas ou cirúrgicas de vísceras parenquimatosas, em especial do fígado, sempre foi desafiante.
Objetivo: Comparar o uso de hemostáticos absorvíveis em ferimento hepático quanto à capacidade hemostática e de integração aos tecidos em curto prazo.
Métodos: Foram utilizados 15 ratos Wistar separados em três grupos. Foi realizada laparotomia e ferimento padronizado em lobo hepático direito. Os animais do grupo I foram tratados com esponja de gelatina sobre os ferimentos; os do grupo II com esponja de colágeno equino, e os do grupo III com celulose regenerada oxidada. Na ocasião foi estudada a capacidade hemostática. No 7º dia de pós-operatório nova laparotomia foi realizada e foram coletadas amostras para estudos histológicos (H&E e picrosirius) avaliando os processos por microscopia ótica e de polarização para quantificação de colágeno (tipos I e III).
Resultados: Todos os materiais usados apresentaram efeitos hemostáticos semelhantes, não havendo diferença significativa no tempo de hemostasia. Na avaliação da reparação tecidual e aderências provocadas, assim como análise do processo inflamatório, os tratados com esponja de gelatina apresentaram maior inflamação e aderências às estruturas contíguas ao procedimento em relação aos outros grupos.
Conclusão: Os animais tratados com a esponja de colágeno e celulose regenerada apresentaram resultados melhores que aqueles com esponja de gelatina.
DESCRITORES: Ferimentos; Lesões; Fígado; Hemostáticos.