RESUMO
A fundoplicatura total laparoscópica é considerada, atualmente, o padrão ouro para o tratamento cirúrgico da doença do refluxo gastroesofágico. Os resultados de curto prazo após a fundoplicatura total laparoscópica são excelentes, com recuperação rápida e morbidade perioperatória mínima. O alívio dos sintomas e o controle do refluxo são alcançados em cerca de 80 a 90% dos pacientes, 10 anos após a cirurgia. No entanto, é relatada uma incidência pequena, mas clinicamente relevante, de disfagia pós-operatória e sintomas relacionados a gases. Ainda existe debate sobre a melhor operação antirrefluxo e, nas últimas três décadas, os resultados cirúrgicos da fundoplicatura parcial laparoscópica (anterior ou posterior) foram comparados aos obtidos após uma fundoplicatura total laparoscópica. A fundoplicatura parcial laparoscópica, seja anterior (180°) ou posterior, deve ser realizada apenas em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico secundária a esclerodermia e motilidade esofágica ineficiente, pois uma fundoplicatura total laparoscópica prejudicaria o esvaziamento esofágico e causaria disfagia.
DESCRITORES: Refluxo gastroesofágico; Fundoplicatura; Laparoscopia; Disfagia; Manometria