RESUMO
Racional: Trombose de artéria hepática é importante causa de falência de enxerto e complicações biliares. Fatores de risco para trombose estão relacionados aos aspectos técnicos da anastomose arterial e fatores não cirúrgicos.
Objetivo: Avaliar os fatores de risco para o desenvolvimento de trombose de artéria hepática.
Métodos: A amostra consta de 1050 casos de transplante hepático. Foi realizado estudo retrospectivo e transversal, e as variáveis foram avaliadas em doadores e receptores.
Resultados: A análise univariada mostrou que as variáveis relacionadas a trombose de artéria hepática são: MELD e tempo de isquemia quente. Na análise multivariada, o MELD=14.5 e tempo de isquemia quente =35 min foram fatores de risco independentes para trombose de artéria hepática. No teste de prevalência para avaliação do tipo de anastomose como variável, foi observado que a sutura contínua tem maior risco de trombose quando comparada com aquela em pontos separados.
Conclusão: Tempo de isquemia quente prolongado, MELD calculado e idade do recipiente foram fatores de risco independentes para trombose de artéria hepática após transplante de fígado em adultos. Pacientes submetidos à anastomose com sutura contínua apresentaram mais trombose quando comparados com a em pontos separados. Retransplante por trombose está associado com maior mortalidade.
DESCRITORES: Trombose; Fatores de risco; Artéria hepática; Transplante