RESUMO
Racional: A neoplasia intraductal mucinosa papilífera (NIMP) está sendo diagnosticada com maior frequência. O método mais utilizado para diagnóstico é a tomografia computadorizada. No entretanto, a colangiopancreatoressonância (CPRM) proporciona melhor caracterização tipo e extensão. A ecoendoscopia com punção por agulha fina (EPAAF), por sua vez, permite o diagnóstico histológico.
Objetivo: Comparar resultados da CPRM e EPAAF com os achados cirúrgicos e patológicos para o diagnóstico e classificação da NIMP.
Método: Foram estudados trinta e seis pacientes submetidos à ressecção cirúrgica por suspeita de NIMP que foram submetidos à CPRM e EPAAF pré-operatórias. Imagens obtidas por ambos os métodos foram analisadas utilizando-se padronização contendo o tipo e a classificação da lesão e os achados foram comparados, tendo como referência a análise patológica do espécime cirúrgico para definir-se qual o melhor método na caracterização do NIMP.
Resultados: Vinte e nove revelaram neoplasia não-invasiva e quatro invasiva. A CPRM e a EPAAF fizeram o diagnóstico e classificaram corretamente (tipo de NIMP) em 62,5% e 83,3% (p=0,811), a localização do segmento pancreático acometido em 69% e 92% (p=0,638) e a identificação da presença de nódulos e/ou vegetações em 45% e 90 % (p=0,5). Quanto ao diagnóstico histológico pela EPAAF a sensibilidade foi 83,3%; especificidade 100%; VPP 100%; VPN 33,3%; e acurácia 91,7%.
Conclusões: Os métodos diagnósticos não apresentaram diferença estatística. No entanto, a EPAAF mostrou resultados absolutos melhores do que a CPRM na identificação de nódulo e/ou vegetação intracístico.
DESCRITORES: Diagnóstico; Colangiopancreatografia por ressonância magnética; Aspiração por agulha fina guiada por ultrassom endoscópico