RESUMO
RACIONAL: Os resultados de qualidade de vida após cirurgia de hérnia inguinal, como estética, dor pós-operatória, período de afastamento das atividades e recorrência é um tema relevante, uma vez que a hérnia inguinal atinge 27% dos homens e 3% das mulheres em algum momento da vida, e deveriam orientar as políticas de saúde para alocar recursos de forma mais eficiente.
OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida no pós-operatório tardio de herniorrafia inguinal quanto a recidiva, dor, estética e restrição de atividades, comparando as técnicas minimamente invasivas transabdominal pré-peritoneal (TAPP) e convencional, Lichtenstein.
MÉTODOS: Estudo clínico observacional transversal com questionário EuraHS-QoL validado e traduzido para o português, aplicado em pacientes após média de 65 meses de pós-operatório. Foram estudados 45 pacientes, 28 submetidos a Lichtenstein e 17 submetidos a TAPP. Todos eram do sexo masculino, com idade entre 18 e 87 anos, com hérnia inguinal unilateral primária. Hérnias recorrentes ou bilaterais, outras hérnias concomitantes da parede abdominal, pacientes que optaram por não participar ou que não foram encontrados e pacientes do sexo feminino foram excluídos do estudo.
RESULTADOS: Em relação aos domínios dor, restrição e cosméticos, não houve diferença entre os dois grupos na avaliação da qualidade de vida. Os dois grupos não apresentaram recidiva no período estudado.
CONCLUSÕES: Tanto a técnica TAPP quanto a técnica de Lichtenstein, neste estudo, apresentaram resultados semelhantes, quando comparadas em longo prazo, no que diz respeito à qualidade de vida
DESCRITORES: Cirurgia Geral; Hérnia Inguinal; Procedimentos Cirúrgicos Minimamente Invasivos; Qualidade de vida