RESUMO
RACIONAL: O adenocarcinoma duodenal é uma pequena porcentagem das neoplasias gastrointestinais, em torno de 0,5%, e seu tratamento baseia-se na ressecção da massa tumoral, classicamente por pancreatoduodenectomia. Nos últimos anos, porém, as ressecções segmentares de lesões duodenais que não envolvem a segunda porção ou a região periampular têm ganhado relevância com bons resultados cirúrgicos e oncológicos e com o benefício de evitar uma cirurgia que pode apresentar alta morbimortalidade.
OBJETIVOS: Reportar o caso de uma paciente feminina, idosa, com lesão neoplásica maligna na terceira e quarta porção duodenal, não obstrutiva, submetida a tratamento cirúrgico.
MÉTODOS: A opção técnica foi a ressecção do duodeno distal e jejuno proximal com preservação do pâncreas e reconstrução com anastomose duodenojejunal látero-lateral.
RESULTADOS: A evolução foi satisfatória e as margens cirúrgicas foram livres de neoplasia.
CONCLUSÕES: As ressecções segmentares do duodeno são factíveis e seguras, com os benefícios de evitar as complicações das pancreatoduodenectomias.
DESCRITORES: Adenocarcinoma; Neoplasias Duodenais; Oncologia Cirúrgica