[O estimulador de nervo periférico melhora a eficácia do bloqueio paravertebral proximal paravertebral proximal em ovelhas]

RESUMO

O objetivo deste estudo foi comparar a eficácia da anestesia paravertebral proximal em ovinos, com o uso de estimulador de nervos periféricos, comparando-a com a técnica de Cambridge. Oito ovinos da raça Santa Inês, cinco fêmeas e três machos, com idade de dois anos e peso de 66±13kg, foram incluídos no estudo. Foi realizada anestesia paravertebral proximal direita com lidocaína a 2% sem vasoconstritor, injetada nos espaços entre T13-L1, L1-L2 e L2-L3, com e sem o auxílio de estimulador de nervo periférico, em dois procedimentos com intervalo de sete dias entre os tratamentos, que consistiram em: TE (tratamento com estimulador: 3mg kg-1 de lidocaína 2%) e TC (tratamento controle Cambridge, 6mg kg-1 de lidocaína 2%). As variáveis cardiorrespiratórias foram registradas antes do tratamento (basal, TB) e depois, aos 15, 30, 45 e 60 minutos (T15, T30, T45 e T60, respectivamente) após a anestesia local. A eficácia da anestesia regional foi avaliada por meio de pinçamento mecânico da pele, em um ponto entre a crista ilíaca e a borda inferior da última costela. Os dados foram testados para distribuição normal usando-se o teste de Shapiro-Wilk, e comparados usando-se Kruskal-Wallis, seguido pelo teste post-hoc de Dunn. A duração do bloqueio foi analisada por meio de uma curva de sobrevivência de Kaplan-Meyer. As análises foram realizadas com 5% de significância. O TE demorou significativamente mais tempo e teve maior sucesso e maior duração. A resposta positiva ao pinçamento cutâneo no TC foi obtida em sete animais no T15 e em um no T45, enquanto no TE, um animal respondeu ao pinçamento cutâneo no T15, dois no T30, quatro no T45 e um no T60. A duração foi significativamente mais longa no TE em comparação com o TC, de acordo com a análise de Kaplan-Meyer. Não foram observadas alterações nas variáveis cardiorrespiratórias ao longo do estudo. Em conclusão, o estimulador de nervo periférico aumenta o sucesso da anestesia paravertebral proximal, usando-se uma dose menor de lidocaína a 2% em ovelhas saudáveis.

Palavras-chave: anestesia regional; animais de grande porte; ruminantes; lidocaína