Open-access [Termografia infravermelha como ferramenta na avaliação do bem-estar de equinos manejados soltos ou estabulados]

RESUMO

O presente estudo teve por objetivo descrever os efeitos da estabulação sobre características termográficas dos membros de equinos adultos, para comparar o nível de bem-estar entre cavalos mantidos soltos e aqueles sob estabulação contínua e para investigar se a Termografia Infravermelha (TIV) pode ser uma ferramenta efetiva na avaliação do bem-estar em equinos. 24 cavalos machos castrados da raça Brasileiro de Hipismo, com idade entre 5 e 9 anos e peso de 500 ± 50kg foram utilizados em um experimento de 6 semanas de duração. Os animais foram divididos em 2 grupos: 1) Pasto - animais mantidos em piquetes e utilizados exclusivamente em patrulhas urbanas; 2) Baia - animais utilizados exclusivamente em patrulhas urbanas, mas mantidos em estabulação contínua, em cocheiras de 12m² de concreto sem cama. Todos os animais foram avaliados uma vez por semana durante 6 semanas. O comportamento animal, a temperatura dos olhos e extremidades distais bem como amostras de sangue, foram colhidos. Os cavalos estabulados apresentaram comportamento estereotipado e maior concentração sérica de cortisol, indicando menor grau de bem-estar quando comparados aos animais manejados soltos em piquetes. A termografia dos membros apresentou potencial para identificar estresse crônico em cavalos uma vez que a análise discriminante mostrou 74,5% de acerto preditivo enquanto a temperatura máxima do olho não foi eficiente para esse propósito.

Palavras-chave: parâmetros fisiológicos; estabulação; termografia; comportamento

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