Oliveira et al. (2010)(12) Brasil |
- Verificar os fatores relacionados ao desmame precoce em multíparas no alojamento conjunto. |
- 87 mulheres. - Idade entre 20 e 25 anos. |
- Fatores de risco para o desmame precoce no AC: neonato ter recusado o leite foi mais prevalente, tanto entre as mulheres com menos de sete anos de estudo (n=2; 4,25%), quanto entre aquelas com mais de sete anos de escolaridade (n=11; 23,4%). - Entre puérperas com maior escolaridade, observou-se como motivo para o desmame no AC: a mãe considerar que possuía pouco leite (n=7; 14,9%) e a mãe acreditar que o leite não supria a fome do bebê (n=6; 12,8%). |
- Observa-se que são necessários maiores esclarecimentos entre as mães, ainda no alojamento conjunto, a respeito do processo de amamentar. |
Moraes et al. (2011)(13) Uruguai |
- Descrição e análise da técnica de amamentação e presença de rachaduras no mamilo antes da alta hospitalar. |
- 204 binômios mãe-bebê. - Média de idade materna: 24,0 anos. |
- A frequência de complicações foi de 76,5%, sendo 57,3% de dor durante a amamentação e 40,1% de rachaduras no mamilo. - Observou-se associação entre mudanças na posição de amamentar, dificuldades para o bebê pegar o mamilo e sucção com o aparecimento de rachaduras no mamilo (p= 0,000). - Ter rachaduras em gestações anteriores foi associado ao aparecimento de rachaduras na gravidez atual (IC: 95%: 1,66-9,35) (p= 0,000). - Ter filhos anteriores reduz a ocorrência de complicações (IC: 95%: 0,13-0,77) (p=0,01). |
- A frequência do aleitamento materno com complicações é grande antes da alta hospitalar e está associada à primariedade. - Há associação entre mudanças na posição de amamentar, dificuldades para o bebê pegar o mamilo e sucção com o aparecimento de rachaduras no mamilo. - O histórico de rachaduras no mamilo em gestações anteriores está associado a rachaduras na gravidez atual. |
Pereira et al. (2013)(14) Brasil |
- Investigar como o passo 4 da Iniciativa Hospital Amigo da Criança foi aplicado, avaliar a prevalência da amamentação na primeira hora após o nascimento e analisar os fatores associados à não amamentação neste período de vida. |
- 403 mulheres. - Idade entre 13 e 46 anos, sendo 24,3% adolescentes. |
- A prevalência de amamentação na primeira hora após o nascimento foi de 43,9%. - Fatores que influenciaram na amamentação na primeira hora de vida: mulheres de cor não preta (RP = 0,62; IC 95%: 0,42-0,90), multíparas (RP = 0,66; IC 95%: 0,47-0,93), que fizeram pré-natal (RP = 0,23; IC 95%: 0,08-0,67), com parto normal (RP = 0,41; IC 95%: 0,28-0,60), cujos bebês tiveram peso ao nascer igual ou superior a 2.500g (RP = 0,31; IC 95%: 0,11-0,86) e que receberam ajuda da equipe de saúde para amamentar na sala de parto (RP = 0,51; IC 95%: 0,36-0,72). |
- A ajuda prestada pela equipe de saúde à amamentação ao nascimento, bem como a cor materna não preta, a multiparidade, a realização de pré-natal, o parto normal e o peso adequado ao nascer contribuíram para o início do aleitamento materno na primeira hora de vida. |
Shimoda et al. (2014)(15) Brasil |
- Verificar a associação entre persistência de lesão mamilar da puérpera e condições de aleitamento materno durante o alojamento conjunto. |
- 60 puérperas com lesão mamilar durante a internação. |
- Das puérperas que amamentavam exclusivamente, 12 (23,1%) exibiam lesão de mamilo e 40 (76,9%) tinham mamilos íntegros. - Das 16 puérperas que ainda apresentavam lesão, 14 (87,5%) foram do tipo escoriação e 2 (12,5%), fissuras, todas em processo de cicatrização. - Região mamiloareolar menos pigmentada influenciou a persistência de lesão de mamilos (p=0,041). - A persistência de lesão de mamilos esteve associada à dor mamilar (p=0,006). - Ocorrência de lesão de mamilos esteve associada à pega inadequada do neonato ao seio materno (p=0,007). |
- Verificou-se associação significativa entre persistência de lesão mamilar, padrão inadequado de sucção do neonato e dor mamilar. - Essas associações reforçam a importância da assistência em aleitamento materno, tanto no alojamento conjunto, quanto na primeira semana pós-parto, para a manutenção do aleitamento materno. |
Sá et al. (2016)(16) Brasil |
- Identificar os fatores associados ao aleitamento materno na primeira hora de vida. |
-1.027 binômios mãe-bebê. - Idade materna entre 20 e 29 anos. |
- A prevalência de aleitamento materno na primeira hora de vida foi de 77,3%. - Fatores que interferiram negativamente no aleitamento materno na primeira hora.: não ter realizado pré-natal de forma adequada (RP = 0,72), ter feito parto cesáreo (RP = 0,88) e mãe e filho não permanecerem em alojamento conjunto após o parto (RP = 0,28). |
- Fatores ligados aos serviços de saúde, como assistência ao pré-natal, tipo de parto e alojamento conjunto interferiram no aleitamento materno na primeira hora. - As práticas dos serviços e dos profissionais de saúde foram os principais determinantes do aleitamento materno na primeira hora. |
Cirico et al. (2016)(17) Brasil |
- Avaliar a adequação do instrumento Indicador de trauma mamilar, implantado no alojamento conjunto de um hospital universitário, como indicador de qualidade assistencial. |
- 1.691 puérperas. - Maioria das puérperas era adulta (85,7%), maior de 19 anos. |
- A média de índice de trauma mamilar foi de 55,5%, o trauma mais frequente, foi a escoriação (62,2%), sendo a principal causa a pega inadequada do recém-nascido (44%). - Variáveis maternas e neonatais associadas significativamente à presença de trauma mamilar (p≤0,05): faixa etária (adolescente <19 anos - 63,9%), paridade (primípara - 60,2%), cor da pele (branca - 62,6%), cor da região mamiloareolar (rósea - 70,3%), não ser recém-nascido prematuro (58,6%), permanência do recém-nascido na unidade de terapia intensiva neonatal- (66,7%), ter tido trauma anteriormente (57,0%), ter padrão de sucção inadequado (70,1%). |
- O tipo de trauma mamilar mais frequente foi a escoriação e a principal causa foi a pega inadequada do recém-nascido. - Fatores maternos e neonatais estão associados ao trauma mamilar. |
Rosa e Delgado (2017)(18) Brasil |
- Verificar o conhecimento materno sobre amamentação e introdução alimentar e identificar as dificuldades de aleitamento no alojamento conjunto de um hospital universitário. |
- 40 binômios mãe-bebê internados em alojamento conjunto. - Média de idade materna: 26 anos. |
- A frequência de dificuldades na amamentação variou entre 5% e 45%, conforme o aspecto avaliado. - Os aspectos com maior número de comportamentos indicativos de dificuldades no início do aleitamento materno foram: anatomia das mamas, sucção e estabelecimento de laços afetivos. - No aspecto de anatomia das mamas, observou-se que 45% (n=18) das mães apresentavam tecido mamário com escoriações, fissuras e vermelhidão e 13% (n=5) tinham mamilos planos ou invertidos. - Com referência ao aspecto de sucção do bebê, 40% (n=16) apresentaram lábio inferior virado para dentro durante a mamada, 30% (n=12) mantinham sucções rápidas com estalidos e 28% (n=11) não tinham a boca bem aberta para realizar a pega. - Em relação ao aspecto dos laços afetivos, foram encontrados frequentes comportamentos de dificuldade, sendo que 30% (n=12) das mães quase não tocavam os bebês, 18% (n=7) das mães seguravam o bebê nervosamente e 15% (n=6) não mantinham contato visual com os bebês. - As escoriações do tecido mamário associaram-se com bebê que não mantém a pega, sucções rápidas com estalidos e lábio inferior virado para dentro na amamentação (p < 0,05). |
- As mães investigadas possuem conhecimento limitado sobre amamentação, desconhecem os benefícios para a saúde da mulher, porém citaram benefícios em relação aos filhos. - Observaram-se aspectos desfavoráveis no momento da amamentação. |
Barbosa et al. (2018)(19) Brasil |
- Avaliar os fatores associados ao trauma mamilar no alojamento conjunto. |
- 73 puérperas e 76 recém-nascidos (três gemelares). - Idade materna entre 20 e 34 anos. |
- Verificou-se associação significativa entre trauma mamilar e dor ou ardência pós-mamada (p=0,000), orientação no pré-natal (p=0,016) e número de consultas no pré-natal (p=0,018), sendo que mesmo as puérperas que tiveram sete ou mais consultas de pré-natal apresentaram trauma mamilar. |
- Traumas mamilares são menos frequentes quando existe orientação no pré-natal. - Porém o número de consultas no pré-natal não influenciou na presença de traumas mamilares. |
Silva et al. (2018)(20) Brasil |
- Investigar a prevalência do aleitamento materno exclusivo ao nascer e seus fatores de risco. |
- 546 nascidos vivos, de um alojamento conjunto. |
- Sobre as causas do não aleitamento: 3,1% das mães consideravam seu leite insuficiente para saciar a fome do recém-nascido e 3,7% relataram que a criança não queria mamar. - Foram encontrados como fatores de risco ao aleitamento, também, o uso de chupeta e mamadeira ao nascer: 20,7% das crianças faziam uso de chupeta e 4,4% de mamadeira. - Sobre problemas na mama: as mulheres relataram como causas para suspensão do AM: mamilos dolorosos (3,5%), mamilos planos e invertidos (2,4%), fissura mamilar (3,1%), ingurgitamento dos seios (0,8%), ductos obstruídos e mastite (0,6%). |
- Como causa principal do não aleitamento, a maioria das mães relatou que o seu leite era insuficiente para saciar a fome do bebê e/ou que a crianças não queriam. - Problemas nas mamas foram um dos motivos para o não aleitamento. - Uso de chupetas e mamadeiras são fatores de risco para o AME. |
Cunha et al. (2019)(21) Brasil |
- Estimar a prevalência de traumas mamilares e correlacionar a sua ocorrência com fatores sociodemográficos e obstétricos em amostra de puérperas assistidas em um hospital de ensino. |
- 320 puérperas assistidas no alojamento conjunto. - Média de idade: 24,4 anos. |
- 35,3% das puérperas apresentavam algum tipo de trauma. Traumas mais frequentes foram: escoriação, hiperemia e fissura. - Considerando apenas escoriação e fissura, a prevalência de traumas foi de 26,6%. |
- Apenas a experiência prévia com aleitamento comportou-se como fator de proteção para o trauma mamilar em puérperas assistidas em alojamento conjunto. |
Pitilin et al. 2019(22) Brasil |
- Analisar os fatores associados à autoeficácia da amamentação em alojamento conjunto, segundo os tipos de mamilo. |
- 60 puérperas internadas em alojamento conjunto. - Média de idade: 26,5 anos. |
- Mamilos não protrusos tiveram relação com dificuldade de pega e com necessidade de auxílio durante amamentação. - Mamilos protrusos promoveram satisfação durante a prática do aleitamento materno. |
- A protrusão mamilar parece favorecer a prática do aleitamento materno, a partir da diminuição de ansiedade e aumento da autoeficácia materna. |