Resumo Diversos fatores podem afetar o padrão de distribuição da fauna bentônica em regiões de desembocadura de rios e, entre os macroinvertebrados, Chironomidae e Oligochaeta são os grupos mais abundantes e tolerantes às alterações ambientais.
Objetivo O objetivo deste estudo foi avaliar a possível similaridade e os fatores controladores entre as assembleias de Chironomidae e Oligochaeta em dois locais próximos, a zona de desembocadura do rio Guareí no rio Paranapanema (SP, Brasil) e sua área fluvial lateral.
Métodos As amostras de fauna foram coletadas a cada três meses durante um ano. As variáveis físico-químicas da água e sedimento também foram determinadas no mesmo período.
Resultados Ambas as assembleias apresentaram baixa variabilidade temporal nas densidades na área lateral devido às características do sedimento e dos fatores ambientais. Caladomyia, Parachironomus, Pristina sp., Pristina osborni, Bothrioneurum e Opistocysta funiculus foram registradas neste local. O rio Guareí apresentou maiores variações temporais e espaciais atribuídas principalmente a uma redução no nível da água. Elevada abundância de organismos, especialmente de Chironomus e Tubificinae, foram observadas no rio.
Conclusões A dissimilaridade na distribuição temporal e espacial de Chironomidae e Oligochaeta foi atribuída às características peculiares dos dois locais de estudo, o canal do rio e a área lateral. A redução do nível de água ao longo do ano foi o principal fator controlador da riqueza e densidade de Chironomidae e Oligochaeta no rio. Na área lateral, a presença e a abundância de determinados taxa foram atribuídas à natureza do sedimento e às variáveis físicas e químicas da água.
Palavras-chave: zona de desembocadura; nível da água; sedimento; macroinvertebrados