Resumo:
Objetivo Os rios são conectados longitudinalmente através do fluxo de água e as dimensões espaciais dos efeitos das mudanças na vegetação ripária local ainda são pouco compreendidas. Mudanças recentes na Lei de Proteção da Vegetação Nativa permitem a redução de faixas laterais de proteção e anistia para a remoção de vegetação ciliar, o que pode aumentar a fragmentação da vegetação nativa, especialmente para riachos da Mata Atlântica.
Métodos Apresentamos dois estudos de caso realizados em um riacho que drena uma paisagem fragmentada na Mata Atlântica. O riacho flui através de duas transições abruptas (floresta-pasto-floresta) e investigamos até que ponto os efeitos a montante de uma determinada condição ribeirinha poderiam ser detectados a jusante para um conjunto de variáveis.
Resultados Os efeitos da cobertura da terra se propagaram a jusante tanto nas comunidades de algas como nas de macroinvertebrados e, para algumas variáveis de interesse, esses efeitos podem se estender até um km a jusante da transição.
Conclusões Há uma necessidade de entender como a distribuição dos remanescentes florestais ciliares contribui para manter a resiliência aos impactos na escala de bacias.
Palavras-chave: rios de Mata Atlântica; fragmentação de habitat; bacias hidrográficas; cobertura do solo; efeito longitudinal