Resumo
Objetivos: Efeitos do estresse salino sobre a fisiologia de Salvinia auriculata foram investigados.
Metodologia As plantas foram expostas a 0, 50, 100 e 150 mmol de NaCl L-1 e incubadas durante 5 dias. O conteúdo de NO foi avaliado após 2 horas e 5 dias. Pigmentos fotossintéticos, prolina e nutrientes foram analisados após 5 dias.
Resultados Principais Observou-se maior teor de clorofila a em plantas tratadas com 50 mmol L-1, diminuindo em concentrações mais altas, enquanto o conteúdo de clorofila b diminuiu com o aumento das concentrações de NaCl. A exposição a 50 mmol L-1 de NaCl aumento a biomassa, enquanto concentrações mais elevadas causaram perda de biomassa. Ca, K e Mg diminuíram com o aumento das concentrações de NaCl, e a razão Na/K foi significativamente aumentada em 150 mmol L-1 NaCl. A prolina aumentou significativamente a 150 mmol L-1. O conteúdo extracelular de NO aumentou após 2 horas, e diminuiu após 5 dias. Após 2 horas, concentrações significativamente maiores nas raízes foram observadas a 50 mmol L-1, enquanto após 5 dias diminuições foram observadas.
Conclusões Os resultados indicam que a salinidade moderada induz a produção de NO durante a incubação, possivelmente associada à sinalização para a produção de compostos que auxiliem na tolerância à salinidade. Em concentrações superiores esta tolerância é reduzida. Com isso, é possível compreender melhor os mecanismos fisiológicos e bioquímicos associados a essa adaptação em macrófitas sob condições salinas, que afetam sua ecologia e distribuição em áreas costeiras
Palavras-chave: Salvinia auriculata; estresse salino; NO; clorofila; NaCl; macrófita