Resumo Objetivo: Nosso estudo teve como objetivo analisar a estrutura da comunidade de diatomáceas do plâncton, do perifíton e de sedimentos superficiais e sua relação com as variáveis ambientais de dois reservatórios, Tanque Grande e Cabuçu, ambos localizados na cidade de Guarulhos, Região Metropolitana de São Paulo.
Métodos Três estações de amostragem foram estabelecidas em cada reservatório. Amostras d’água e perifíton foram amostrados durante os períodos seco (agosto de 2013) e chuvoso (janeiro de 2014), enquanto o sedimento foi amostrado apenas no período seco. Variáveis limnológicas abióticas foram determinadas e análises quantitativas e qualitativas foram realizadas após a oxidação das amostras de diatomáceas.
Resultados Os dois reservatórios apresentaram baixa condutividade elétrica, pH e concentração de nutrientes. A comunidade taxonômica das diatomáceas foi representada por 30 táxons distribuídos em 20 gêneros. A diversidade de diatomáceas foi maior no plâncton, com três espécies exclusivas. Todos os táxons encontrados no sedimento superficial também ocorreram no plâncton. O perifíton apresentou seis táxons exclusivos para esse hábitat.
Conclusão Nossos resultados indicaram que as variáveis ambientais foram responsáveis pela variação limnológica nos dois reservatórios. Nos reservatórios estudados, a composição de espécies de diatomáceas variou muito pouco entre o plâncton e os sedimentos superficiais, enquanto uma comunidade diferenciada foi encontrada no perifíton, com a presença de espécies exclusivas. Os períodos climáticos mostraram diferenças na abundância das espécies, mas, não foram observadas diferenças consideráveis na composição de espécies entre os reservatórios.
Palavras-chave: diversidade; plâncton; perifíton; sedimentos superficiais