Resumo:
Objetivo este trabalho teve por objetivo analisar a efetividade de Áreas Protegidas (AP) como mantenedoras da fauna de macroinvertebrados bentônicos e a utilização destes na gestão das águas dessas áreas. Testamos a hipótese de em riachos localizados dentro das AP haverá maior abundância e diversidade de organismos.
Métodos Coletamos macroinvertebrados em riachos localizados dentro e fora de duas UC no Sul do Brasil: (Parque Estadual Fritz Plaumann, Santa Catarina; Parque Natural Municipal Teixeira Soares, Rio Grande do Sul). Em cada riacho foram mensurados variáveis físicas e químicas da água. Foram coletadas três sub-amostras de macroinvertebrados em substrato pedregoso com um amostrador Surber e calculados abundância de organismos, riqueza rarefeita, diversidade de Shannon e Equitabilidade.
Resultados Os riachos localizados no interior das AP apresentaram águas bem oxigenadas e pH ligeiramente básico. A condutividade elétrica foi maior nos trechos externos as AP. Observamos que riqueza rarefeita, diversidade de Shannon e equitabilidade foram maiores nos riachos localizados no interior das AP. A PerMANOVA nos indica que a composição foi diferente entre trechos dos rios (p = 0,03) e PA (p = 0,01).
Conclusões O uso dos organismos como bioindicadores demostrou potencial de resposta em relação a integridade ambiental dos riachos. Assim, estes organismos têm potencial para utilização pelos gestores de AP para monitoramento e tomada de decisões sobre a manutenção das áreas protegidas.
Palavras-chave: macroinvertebrados aquáticos; áreas protegidas; Região Neotropical