Resumo:
Objetivo Os modelos de nicho ecológico (ENMs) são baseados principalmente em dados ambientais (principalmente climáticos) e de ocorrência para prever a distribuição potencial das espécies. Em habitats de água doce, a dispersão das espécies não é restrita apenas por barreiras físicas, mas também pelo movimento direcional da rede hidrográfica, o qual pode ser considerado por meio de preditores espaciais. Neste estudo, nosso objetivo é avaliar o efeito da inclusão de preditores espaciais assimétricos e simétricos na distribuição geográfica potencial de um peixe de água doce na bacia do rio Tocantins-Araguaia, Brasil.
Métodos Para isso, construímos modelos com sete conjuntos de variáveis representando os modelos climáticos e espaciais, bem como suas interações.
Resultados Descobrimos que os melhores modelos em geral (maior avaliação e menor variação entre os métodos de modelagem) são aqueles construídos usando AEM (dispersão assimétrica [ou seja, dispersão ao longo do fluxo do rio]), seja sozinho ou em combinação com variáveis ambientais (ENV). Além disso, a inclusão de variáveis de dispersão assimétrica, levando em consideração as limitações de dispersão das espécies, diminuiu a superpredição de áreas climaticamente adequadas, mas desconectadas por rios.
Conclusões Portanto, futuros estudos de ENM, especialmente aqueles que envolvem grupos de espécies com dispersão direcional, devem considerar a inclusão de preditores espaciais assimétricos para aumentar a precisão do modelo e sua aplicabilidade ecológica.
Palavras-chave: Mapas Assimétricos de Autovalores; Modelos de Nicho Ecológico; dispersão direcional; Coordenadas Principais de Matrizes de Vizinhos; modelagem espacial