Resumo
Objetivo Comparamos a eficácia de dois dispositivos de amostragem, o amostrador Surber e a Rede-D, comumente utilizados na análise da estrutura da fauna de invertebrados em programas de biomonitoramento. Esses programas utilizam a resposta dos invertebrados bentônicos para avaliar as mudanças nos ecossistemas aquáticos porque respondem rapidamente às variações espaciais e temporais. No entanto, a falta de consenso sobre o melhor método de amostragem da fauna pode reduzir a qualidade desses estudos.
Métodos Avaliamos ambos os dispositivos em quatro trechos estruturalmente diferentes de riachos, dois em locais com vegetação ripária preservada e dois ocorrendo em locais com várias alterações antrópicas. Repetimos a análise na estação seca de dois anos consecutivos.
Resultados Os dois amostradores foram igualmente eficazes na análise da fauna bentônica e sensíveis o suficiente para identificar variações espaciais e temporais na estrutura desta fauna, influenciada pela presença ou ausência de vegetação ripária, pela posição do trecho com essa vegetação (a montante ou jusante do trecho sem vegetação) e pelas características do substrato.
Conclusões A estrutura da fauna analisada foi semelhante para os dois amostradores, mas consideramos o uso do Surber mais vantajoso e efetivo por amostrar um menor número de indivíduos, reduzindo o tempo de processamento e identificação no laboratório, e por permitir uma melhor definição da área amostrada.
Palavras-chave: Rede-D; amostrador Surber; amostragem quantitativa; riacho tropical