Descrever uma série de 129 pacientes submetidos à ressecção de tumor de hipófise com acesso endoscópico transesfenoidal em um serviço de público referência em Belo Horizonte.
Método: Análise retrospectiva realizada por análise dos prontuários de pacientes submetidos à ressecção de tumor de hipófise com acesso endoscópico transesfenoidal entre os anos 2004 e 2009.
Resultados: Foram avaliados 129 prontuários. O tumor era não secretante em 96 (74,42%) e secretante em 33 pacientes (22,58%). Dos tumores secretores, o de maior prevalência foi o produtor de hormônio do crescimento: 15 pacientes (7,65%). Onze pacientes desenvolveram fístula liquórica. Um paciente faleceu devido hemorragia intracerebral no pós-operatório.
Conclusão: O acesso endoscópico transfenoidal aos tumores selares mostrou-se seguro numa população em que a maioria dos tumores era não secretante. A principal complicação encontrada foi fístula liquórica. Esta técnica é passível de utilização em hospital público mesmo com limites financeiros desde que haja integração multiprofissional.
neoplasias hipofisárias; líquido cefalorraquidiano; fistula; seio esfenoidal