RESUMO
Descrever a influência da dança hip-hop adaptada na qualidade de vida (QV) e no perfil biopsicossocial de crianças/adolescentes com paralisia cerebral (PC).
Método Estudo piloto incluindo 18 crianças/adolescentes com PC, níveis I e II no Sistema de Classificação da Função Motora Grossa. Nove participaram da prática de dança hip-hop adaptada (grupo de estudo; GE) e nove outros compuseram o grupo controle (GC). Os participantes foram avaliados pelo Instrumento Avaliação de Resultados de Reabilitação em Pediatria e pelo Child Behavior Checklist antes e após frequentarem pelo menos três meses de aulas de dança semanais e realizarem uma apresentação ao público (GE) ou período similar sem intervenção (GC).
Resultados A melhora da QV foi observada no GE nos domínios: transferência e mobilidade básica (p = 0,00*), função física e esportiva (p = 0,04*), função global e sintomas (p = 0,01*). Na análise do perfil biopsicossocial, houve redução dos problemas emocionais e comportamentais e aumento da competência social no GE. Maior participação na prática esteve associada a maior ganho nos domínios transferência e mobilidade básica (p = 0,05*) do Instrumento Avaliação de Resultados de Reabilitação em Pediatria e nas escalas de atividades (p = 0,05*) e sociais (p = 0,04*) do Child Behavior Checklist.
Conclusão A prática de dança hip-hop adaptada proporcionou melhora nos escores de QV e do perfil biopsicossocial de crianças e adolescentes com PC.
Paralisia cerebral; dança; qualidade de vida; participação social, crianças, adolescentes