Espasmos tônicos têm sido mais frequentemente associados com esclerose múltipla. Foram publicados até agora poucos relatos de série de pacientes com neuromielite óptica e espasmos tônicos.
Métodos: Foram analisadas as características e a frequência de espasmos tônicos em 19 indivíduos com neuromielite óptica. Os dados foram coletados por meio de um questionário semiestruturado para espasmos tônicos, mediante a avaliação retrospectiva dos prontuários e a análise dos dados clínicos
Resultados: Todos os pacientes com neuromielite óptica exceto um apresentaram espasmos tônicos. Os principais fatores desencadeantes foram movimentos bruscos e fatores emocionais. Espasmos foram frequentemente associados a perturbações sensoriais e se agravaram durante a fase aguda da doença. A carbamazepina foi utilizada frequentemente para tratar os sintomas, com boa resposta.
Conclusões: Os espasmos tônicos são manifestações clínicas frequentes em pacientes com neuromielite óptica.
neuromielite óptica; espasmos tônico; distonia paroxística secundária