Resumo
Antecedentes A relação entre circulação colateral e prognóstico após tratamento endovascular em acidentes vasculares cerebrais de circulação anterior tem sido relatada em muitos estudos.
Objetivo Neste estudo, nosso objetivo foi comparar o poder preditivo do desfecho clínico comparando cinco escores colaterais diferentes que são frequentemente utilizados.
Métodos Entre os pacientes submetidos a tratamento endovascular em nossa clínica entre novembro de 2019 e dezembro de 2021, foram incluídos no estudo pacientes com mRS pré-mórbido < 3, oclusão intracraniana de ICA e/ou MCA M1 e exame de CTA multifásico pré-procedimento. Foram registradas informações demográficas, técnicas e de duração sobre o procedimento, eventos importantes após o procedimento e resultados clínicos em três meses. Foram avaliados os escores colaterais mCTA, Tan, Maas, Miteff e rLMC dos pacientes.
Resultados Os resultados clínicos aos três meses foram bons em 37 dos 68 pacientes incluídos no estudo (mRS ≤ 2). Apenas os escores colaterais mCTA e rLMC foram estatisticamente significativamente maiores naqueles com boa evolução clínica. Correlação significativa com mRS de três meses foi detectada apenas nos escores mCTA e rLMC. Embora os escores colaterais de rLMC e mCTA tenham mostrado uma associação estatisticamente significativa com o prognóstico, eles não foram suficientes para serem um preditor independente de prognóstico.
Conclusão Verificou-se que mCTA e rLMC têm o maior poder preditivo do resultado clínico e a maior correlação com o resultado clínico de três meses. Nosso estudo sugere que seria benéfico desenvolver um novo sistema de pontuação em vez de CTA multifásico, que combinasse avaliação regional e temporal, que são os pontos fortes de ambas as pontuações colaterais.
Palavras-chave Acidente Vascular Cerebral; Circulação Colateral; Procedimentos Endovasculares; Trombectomia; Angiografia por Tomografia Computadorizada