Os autores registram dois pares de gêmeos com miastenia grave, pertencentes a duas famílias diferentes. Este é o único registro de miastenia familial durante os últimos 20 anos, num total de 145 pacientes examinados na Clínica Neurológica da FMUSP. Apesar do fato de a miastenia grave não ter características hereditárias, os aspectos peculiares dos quatro pacientes justificam o presente registro. Os dois pares de gêmeos nasceram de pais não miastênicos e sem consanguinidade. A doença iniciou-se no nascimento, evoluindo com ptose bilateral parcial da pálpebra superior precocemente em todos os pacientes. O curso da moléstia tem sido favorável. Não havia timoma.