Ratos machos adultos (linhagem Wistar) foram alcoolizados com aguardente de cana diluída a 30(0) GL durante 300 dias e sacrificados a cada 60 dias em 5 etapas. Amostras dos plexos coróides dos ventrículos laterais foram coletadas e examinadas ao microscópio eletrônico de transmissão para detectar possíveis alterações ultraestruturais e suas correlações patológicas. Alterações graduais foram observadas nestes animais durante todo o experimento: dilatação e aumento das cisternas de complexo de Golgi, dilatação do retículo endoplasmático rugoso, presença de vacúolos digestivos e grande quantidade de vesículas pinocíticas assim como de vesículas de conteúdo elétron-lúcido por todo o citoplasma, além de aumento do espaço intercelular, entre as interdigitações das células assim como no tecido conjuntivo. As alterações observadas no epitélio e no tecido conjuntivo dos plexos coróides, especialmente aos 240 e 300 dias de tratamento, são devidas possivelmente a distúrbios na homeostase hidro-eletrolítica, podendo assim contribuir para vários distúrbios morfo-funcionais do sistema nervoso central. Nenhuma alteração foi observada nos animais do grupo controle.
alcoolização crônica; plexo coróide; ratos; alterações morfológicas