Em algumas circunstâncias, o reconhecimento de um sinal clínico ou radiológico sutil pode tornar simples o diagnóstico de um caso raro ou muito difícil em neurologia clínica. Relatamos o caso de uma paciente que apresentava cefaleia intratável e ptose palpebral unilateral. A tomografia computadorizada (TC) de crânio não permitiu identificar nenhuma causa estrutural. A ressonância magnética evidenciou ausência da artéria carótida interna esquerda, posteriormente confirmada por arteriografia convencional. Retrospectivamente, descobriu-se que um dado da janela óssea da primeira TC de crânio teria confirmado o diagnóstico, tivesse ele sido pesquisado: o hipodesenvolvimento do canal carotídeo, que é uma consequência e um marcador de agenesia da artéria carótida interna.
agenesia da artéria carótida; síndrome de Horner; hipodesenvolvimento do canal carotídeo; tomografia computadorizada