Resumo
Antecedentes O envelhecimento populacional e as consequências do isolamento social após a pandemia de COVID-19 tornaram relevante investigar a viabilidade, segurança e aderência de intervenções remotas e potenciais efeitos para prevenir declínios funcionais.
Objetivo (1) Investigar a viabilidade, segurança e aderência de um protocolo remoto de exercícios físicos e cognitivos; (2) investigar os possíveis efeitos sobre variáveis de cognição e de bem-estar.
Métodos Vinte e nove mulheres foram randomicamente divididas em grupo experimental (GE; n = 15) e grupo controle (GC; n = 14). O GE realizou sessões de 40 minutos de exercícios físicos e cognitivos e o GC, 20 minutos de alongamentos. Totalizaram 20 sessões por videoconferência e 20 pelo YouTube, duas vezes por semana. O Teste de Fluência Verbal, o Teste de Dígitos (ordem direta e inversa), a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) e o Índice de Bem-Estar (WHO-5) foram aplicados no pré e pós-intervenção, por telefone e formulário digital.
Resultados A aderência geral média foi de 82,25% no GE e 74,29% no GC. A ocorrência de eventos adversos (dores musculares leves) foi de 33,3% no GE e 21,4% no GC. O GE teve melhora em fluência verbal e atenção (p ≤ 0.05) e ambos os grupos tiveram melhora significativa nos sintomas depressivos.
Conclusão O presente estudo atendeu aos critérios preestabelecidos para a viabilidade, segurança e aderência do programa oferecido entre idosas. Os resultados sugerem que o protocolo combinado tenha maior potencial de aprimorar funções cognitivas. Ambas as intervenções foram benéficas para a percepção subjetiva de bem-estar.
Palavras-chave Estudos de Viabilidade; Exercício; Telemonitoramento; Idoso