OBJETIVO: Investigar a importância da ressonância magnética (RM) na avaliação de pacientes com meningite asséptica crônica ou recorrente. MÉTODO: Este é um estudo retrospectivo incluindo cinco pacientes com meningite asséptica crônica ou recorrente diagnosticada com base nos dados clínicos e exame do líquido cefalorraquidiano. Os exames de tomografia computadorizada de crânio não evidenciaram achados relevantes. RESULTADOS: A RM mostrou pequenas lesões multifocais hiperintensas em T2 e FLAIR, com pouco ou nenhum realce após injeção de gadolínio, sobretudo nas regiões periventriculares e subcorticais. O quadro de meningoencefalite precedeu o diagnóstico da doença de base (Behçet ou lupus) em quatro pacientes. Após a introdução do tratamento adequado para a doença reumatológica estes pacientes não apresentaram mais sintomas de meningoencefalite. CONCLUSÃO: Meningite asséptica pode ser uma das manifestações precoces de doença autoimune. É importante salientar o papel da RM no diagnóstico e acompanhamento desses pacientes.
ressonância magnética; vasculite SNC; meningite asséptica; lupus eritematoso sistêmico; doença de Behçet