Resumo
Objetivo: Investigar a via auditiva em tronco encefálico de crianças com leucemia linfoide aguda submetidas à quimioterapia (por infusão intravenosa ou por via intratecal).
Métodos: Foram avaliadas 14 crianças com idade entre 2 e 12 anos, com diagnóstico de leucemia linfoide aguda. Foram utilizados os seguintes procedimentos: meatoscopia, medidas de imitância acústica, audiometria tonal, audiometria vocal, emissões otoacústicas transientes e potencial evocado auditivo de tronco encefálico.
Resultados: Das 14 crianças com limiares auditivos normais, 35,71% demonstraram alteração no Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico, com predomínio de comprometimento de via auditiva em tronco encefálico baixo. Verificou-se que 80% das crianças com alteração haviam feito uso do metotrexato via intratecal a menos de 30 dias e que 40% tinham as maiores doses acumulativas de metotrexato por via endovenosa.
Conclusão: Crianças com leucemia linfoide aguda submetidas à quimioterapia apresentam comprometimento na via auditiva em tronco encefálico, com predomínio em tronco encefálico baixo.
Palavras-chave: audição; eletrofisiologia; leucemia-linfoma linfoblástico de células precursoras; tratamento farmacológico; metotrexato, criança