Foi investigado o efeito da densidade populacional e idade da planta no desenvolvimento ovariano da traça-das-crucíferas (Plutella xylostella L.). Em testes realizados em placas de Petri, a densidade de larvas por disco de folhas de repolho afetou o desenvolvimento ovariano. Quando a densidade foi de sete ou 14 larvas/disco de repolho, a maior parte das fêmeas possuíam ovários maduros na emergência. Quando esta densidade foi de 28 larvas/disco de folha, a maior parte das fêmeas possuíam ovários imaturos na emergência. Não houve efeito da idade da planta sobre o desenvolvimento ovariano. Quando larvas da traça-das-crucíferas foram criadas sobre plantas de repolho de idades de dois e quatro meses, com densidade de 30-35 larvas/planta, mais de 94% das fêmeas possuíam ovários maduros na emergência. Foi sugerido que a densidade populacional exerce um importante efeito sobre o desenvolvimento ovariano da traça-das-crucíferas. Como migrações de insetos geralmente ocorrem quando os ovários das fêmeas estão imaturos, em campo, fêmeas com potencial migratório deverão ocorrer apenas quando a densidade for superior a 30 larvas/planta.
Insecta; traça-das-crucíferas; desenvolvimento ovariano; migração