Os Eucoilinae, juntamente com os Opiinae (Braconidae), são os mais importantes parasitóides de larvas frugívoras (Tephritoidea). No sentido de se conhecerem as espécies de eucoilíneos no Brasil, sua distribuição geográfica, hospedeiros associados e percentagem de parasitismo, 170 amostras de parasitóides de 51 municípios das cinco regiões do Brasil foram examinadas. Obtiveram-se 2025 eucoilíneos, dos quais seis espécies (42,82%) estão associadas às larvas frugívoras. Foi possível associar os parasitóides a sete espécies de moscas e a 33 espécies de fruteiras de 15 famílias. Os eucoilíneos são generalistas, parasitando tanto as espécies do gênero Anastrepha (Tephritidae) quanto espécies da família Lonchaeidae. Aganaspis pelleranoi (Brèthes) é a espécie mais abundante (29,93%) e com a mais ampla distribuição no Brasil. Dicerataspis flavipes (Kieffer) foi obtida no Estado de São Paulo, associada somente às espécies do gênero Anastrepha; é mais atraída por carambola, pois 96,34% dos espécimes foram obtidos de larvas nesse fruto. Lopheucoila anastrephae (Rhower) e Odontosema anastrephae Borgmeier estão associadas a Anastrepha pseudoparallela (Loew) e às espécies de Neosilba em Passifloraceae (primeiros registros). Aganaspis nordlanderi Wharton foi encontrada associada a Anastrepha bahiensis Lima no Estado do Amazonas (primeiros registros da localidade e da mosca hospedeira). Aganaspis pelleranoi, D. flavipes e L. anastrephae foram associadas a Anastrepha amita Zucchi em pombeiro (Citharexylum myrianthum Cham.) no Estado de São Paulo (primeiros registros de localidade e da mosca hospedeira). Trybliographa sp., que parasita principalmente lonqueídeos, é registrada pela primeira vez no Brasil, no Estado de São Paulo. A percentagem de parasitismo variou de 0,07 a 42,86%, em razão do local da coleta, espécies de frutos e moscas hospedeiras.
Insecta; Aganaspis; Dicerataspis; Lopheucoila; Odontosema; Anastrepha