Ninhos de Monobia angulosa Saussure foram obtidos em ninhos armadilhas, na Fazenda Santa Cariota, Cajuru, SP (n=10) e na Estação Ecológica de Jatai, Luís Antônio, SP (n=3). As vespas nidificaram em gomos de bambu que variaram de 158 a 194 mm no comprimento e de 9,5 a 15 mm no diâmetro interno. Os ninhos consistiram de uma série linear de células, variando de 1 a 6, separadas por partições de barro, seguidas ou não por célula vestibular e fechamento, também de barro, construído na entrada do tubo ou mais internamente a ela. Células intercalares foram observadas em 33,3% dos ninhos. As células de cria foram aprovisionadas com lagartas previamente paralizadas e a oviposição foi realizada no teto da célula. Foram produzidas mais fêmeas do que machos, com as fêmeas sendo criadas nas células distais. Tanto o tamanho das fêmeas como o comprimento das células de onde elas emergiram, foram significantemente maiores que os dos machos. Os inimigos naturais foram: Chrysis intrincata Dahibom (Chrysididae), Anthrax sp. (Bombyliidae) e moscas Tachinidae. M. angulosa apresentou, pelo menos, duas gerações por ano, ambas presentes na estação quente e chuvosa.
Insecta; vespas; ninhos armadilhas; arquitetura de ninhos inimigos naturais