Comparou-se o desenvolvimento de Ecdytolopha aurantiana (Lima) em quatro dietas artificiais, com fontes protéicas variáveis, baseando-se em características biológicas e em tabela de vida de fertilidade, visando disponibilizar o inseto durante o ano todo para pesquisas em diferentes áreas. A possibilidade de contar com o inseto durante o ano todo, com características semelhantes àquelas encontradas na natureza, poderá criar condições para se desenvolverem técnicas para controlá-lo mais racionalmente. Todas as dietas com fontes protéicas variáveis (D1= feijão, levedura de cerveja, germe de trigo, proteína de soja e caseína; D2= farinha de milho, germe de trigo, e levedura de cerveja; D3= proteína de soja e germe de trigo; D4= feijão, levedura de cerveja e germe de trigo) permitiram o desenvolvimento normal do inseto, a 27 ± 2ºC; UR: 65 ± 10% e fotofase de 14 h. Em todas elas, o inseto apresentou quatro ínstares, com várias outras características biológicas semelhantes. Entretanto, levando-se em conta que a dieta D2 (farinha de milho, germe de trigo e levedura de cerveja) proporcionou a menor duração de desenvolvimento, a maior viabilidade, alto valor da razão finita de aumento (l), baixo custo e fácil preparo, ela pode ser considerada a mais adequada para criação de E. aurantiana em laboratório. Além disso, para esse inseto que é pela primeira vez criado em dieta artificial, o balanceamento entre nutrientes mostrou ser mais importante do que a riqueza nutricional dos componentes da dieta.
Insecta; tabela de vida de fertilidade; ciclo de vida; bioecologia; técnicas de criação