Armadilhas contendo feromônios sintéticos de Podisus nigrispinus (Dallas) e Supputius cincticeps (Stäl) foram testadas no campo, na Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brasil, a partir de 7 de setembro de 1995. Durante a coleta (setembro-outubro/95), não se observou a presença de P. nigrispinus nas armadilhas em teste. No entanto, diversos adultos (machos e fêmeas) de Podisus distinctus (Stäl) foram coletados durante o mesmo período, bem como, alguns adultos de S. cincticeps e dois parasitóides fêmeas de Cylindromyia atra Roeder (Diptera: Tachinidae). Análises químicas do extrato glandular de machos de P. distinctus indicaram que os principais compostos feromonais desta espécie, também são produzidos por P. nigrispinus e S. cincticeps. Devido a este fato, em 6 de novembro, foram colocadas no campo uma série de armadilhas contendo iscas feromonais tanto de P nigrispinus, como de S. cincticeps. As armadilhas foram monitoradas até 6 de fevereiro de 1996. Durante esta segunda etapa do estudo, observou-se que a combinação das duas iscas feromonais aumentou em seis vezes a coleta de adultos de P. distinctus, em comparação com aquelas onde havia somente a isca para P. nigrispinus. Embora a fenologia para estes asopines neotropicais seja semelhante à do predador norte-americano de clima temperado Podisus maculiventris (Say), menos predadores e parasitóides hospedeiros foram coletados. Possíveis feromônios foram identificados para Podisus rostralis (Stäl), em Goiás, Brasil, e Podisus sagitta (Fabricius), de Honduras. Compostos químicos de outras secreções exócrinas destas espécies neotropicais também foram estudados.
Insecta; Hemiptera; Tachinidae; controle biológico; atração; cairomônio