O objetivo do trabalho foi descrever séries mensais do Índice Padronizado de Precipitação (SPI), obtidas a partir de quatro estações meteorológicas do Estado de São Paulo, Brasil (1951-2010). As análises foram realizadas avaliando-se o pressuposto de normalidade das distribuições do SPI, as características espectrais dessas séries e a presença de tendências climáticas nessas amostras. Observou-se que a distribuição Pearson tipo III foi melhor que a gama 2-parâmetros em prover séries mensais do SPI mais próximas ao pressuposto de normalidade inerente ao uso desse índice padronizado. As análises espectrais realizadas no domínio tempo-frequência não permitiram o estabelecimento de modo (de frequência) dominante nas séries analisadas. De forma geral, os testes de Mann-Kendall e Pettitt não indicaram a presença de significativas tendências nas séries do SPI. Entretanto, verificou-se que a variabilidade temporal desse índice, observada em outubro, não pode ser vista como o resultado de um processo puramente aleatório. Essa última inferência é devida à concentração de tendências de queda, com data inicial comum (1983/1984), nas quatro localidades do estudo.
Pearson tipo III; seca; tendências climáticas