A obtenção da variedade paulista de algodoeiro IAC 18 é descrita e discutida. A constatação de uma tendência de agravamento gradual da mancha-angular-do-algodoeiro, nas lavouras do Estado de São Paulo, desde 1942, levou à formulação de um programa de obtenção de variedade resistente a essa doença, no Instituto Agronômico de Campinas. O programa foi iniciado em 1964 e terminou em 1977 com o lançamento da 'IAC 18'. Após estudo preliminar de possíveis doadores de genes de resistência, o material 95-96A-Bu 61 (B2, B3, B6), registrado na coleção como Nu-16, foi cruzado com linhagens paulistas, efetuando-se, posteriormente, dois retrocruzamentos para os materiais paulistas. A partir de uma planta selecionada na geração F4 e estudos genealógicos subseqüentes, obteve-se a linhagem que daria a 'IAC 18 ', que apresentou resistência à doença focalizada e, também, à murcha de Fusarium. Além disso, mostrou-se superior em todas as características econômicas à 'IAC 13-1' que foi substituída na lavoura. A 'IAC 18' permaneceu em cultivo de 1977 até 1983.
melhoramento algodoeiro; resistência a bactéria