A intensidade e a época do raleio dos frutos do pessegueiro podem influenciar diretamente a qualidade do produto, razão pela qual foram pesquisadas em um pomar compacto (4.167 plantas por hectare), sob poda drástica anual de renovação da copa. O experimento foi executado na Estação Experimental de Jundiaí (23°08'S e 46°55'W), do Instituto Agronômico (IAC), sob clima do tipo Cwa, mesotérmico úmido, também denominado de tropical de altitude, com cerca de 80 horas anuais de frio abaixo de 7°C. Utílizaram-se os cultivares Tropical, de maturação bem precoce (fins de setembro), e Aurora-1, de maturação precoce (meados de outubro). Efetuou-se o raleio com 30, 40 e 50 dias pós-antese (DPA), deixando-se 30, 60 e 90 frutos por planta. Os melhores resultados, reunindo fatores qualitativos e quantitativos, foram obtidos no raleio aos 30 DPA, mantendo-se 60 frutos por planta. Neste tratamento, o 'Tropical' apresentou frutos com peso médio de 60,9 gramas, o que equivale à produção de 3,654kg/planta (15,2t/ha); com o 'Aurora-1', o peso médio dos frutos foi de 72,0 gramas, correspondendo à produção de 4,320kg/planta (18,0t/ha). Aqualidade final do produto diminuiu à medida que se atrasou a época do raleio e, principalmente, quando se manteve maior quantidade de frutos por planta. O 'Tropical' adaptou-se melhor ao sistema de pomar compacto: floresceu no 9° mês e seus frutos amadureceram no 12ª mês após a poda drástica da copa.
pêssego; Prunuspersica (L) Batsch; pomar compacto; intensidade e época de raleio; tamanho de fruto; produção