Misturas de superfosfato simples, com apatita do Araxá e com fosforita de Olinda, foram estudadas em função do tempo de contato dos componentes e dos teores de P2O5, solúvel em água, ácido cítrico a 2% (Wagner) e citrato de amônro. O efeito da moagem, na porcentagem de P2O5 solúvel na água e os índices de pH resultantes das misturas, foram também analisados, bem como a granulometria do material e as variações do seu teor de umidade. Verificou-se que a fosforita de Olinda causa uma insolubilizaçao do P2O5 solúvel em água do superfosfato, quando este adubo participa das misturas nas menores proporções, e que este fenômeno se estabiliza aos 135 dias de contato dos componentes. Aumentando a porcentagem de superfosfato nas misturas, em linhas gerais o fenômeno se desenvolveu de maneira idêntica, não obstante tenha sido verificado aumento de solu-bilidade nas dosagens iniciais. Em todas as misturas com apatita do Araxá, o teor de P(2)0(5) solúvel em água mostrou-se inicialmente igual ou superior ao teor teórico que deveriam apresentar as misturas, se não ocorresse interação entre seus componentes. Aumentando, porém, o tempo de contato, verificou-se retrogradação crescente desta fração solúvel, sem evidência de estabilização do processo dentro do período de controle da experiência. De um modo geral, o teor de fósforo extraído pelo ácido cítrico, menos a fração solúvel em água das misturas, com ambos os fosfatos naturais cresce com o tempo de contato, inversamente ao que acontece com o P20(5) solúvel em água. A solubilidade das misturas com fosforita em citrato de amônio também aumentou em função do tempo de contato dos componentes, parecendo atingir o ponto de equilíbrio aos 135 dias. Com as misturas de apatita os resultados se mostraram erráticos.