Este estudo avaliou um programa-piloto desenvolvido na área de abrangência de uma Unidade de Saúde da Família, o qual monitorou, durante dois anos, o retorno periódico dos bebês para acompanhamento odontológico por meio de suas carteiras de vacina. Foi realizado um estudo exploratório, que envolveu uma amostra de conveniência de 123 crianças de 12 a 36 meses de idade residentes na área. Os dados foram coletados durante a Campanha de Vacinação, em 2007, por meio de questionário aplicado aos pais, consulta às carteiras de vacina e exame clínico das crianças. Os resultados revelaram que 81% das crianças examinadas estavam cadastradas na USF para atendimento odontológico; destas, 95% haviam sido inscritas antes de completarem um ano de vida, possuindo registro na carteira de vacina. Verificou-se ainda que 50% das crianças haviam visitado o cirurgião-dentista mais de uma vez por ano de vida, e 58% delas retornaram para consulta odontológica no ano anterior à pesquisa. A prevalência de cárie foi menor neste grupo de crianças (17%) do que no grupo sem retorno frequente ou que não estava cadastrado na USF (26%). Concluiu-se que a carteira de vacina pode ser um instrumento útil para o monitoramento da frequência dos bebês ao cirurgião-dentista.
Serviços de saúde bucal; Programa Saúde da Família; Saúde oral; Cárie em bebês; Prevenção e controle