O objetivo deste artigo é, primeiro, apontar o papel central e prolongado dos registros e textos médico-higienistas e do movimento pelo saneamento do Brasil, das três primeiras décadas do século XX, na reconstrução da identidade nacional a partir da identificação da doença como elemento distintivo da condição de ser brasileiro e, segundo, sublinhar sua forte presença em textos fundamentais da chamada fase de institucionalização das ciências sociais no Brasil, marcada pela criação dos cursos universitários de sociologia e antropologia.
Higienismo; Saúde Pública; Pensamento Social Brasileiro; Ciências Sociais