Resumo
O objetivo deste artigo é estudar historicamente o impacto sofrido pela Faculdade de Medicina-USP quando ela apoiou formalmente o regime militar que se estabelecia no Brasil a partir de 1964 e os reflexos desse apoio em seu cotidiano. Outro objetivo é apresentar como esse contexto, vivido entre perseguições, prisões e torturas, interveio também em ações de ordem didático-pedagógica, como na criação de um novo modelo de ensino médico no ano de 1967, conhecido como Curso Experimental. Esse curso seria imediatamente atacado por grupos que o viam como um reduto comunista e uma ameaça à tradição da chamada “Casa de Arnaldo”, logrando o encerramento de suas atividades no ano de 1974.
Palavras-chave: Ditadura Militar; Violência Institucional; Faculdade de Medicina-USP; Curso Experimental