Ward et al. (2011), UK 2
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QuestionárioSistema de notificação de incidentes; |
Hospitalar |
Desenvolver e testar duas ferramentas, um questionários Patient measure of organisational safety (PMOS), e um sistema de notificação de incidentes Patient incident reporting tool, que podem ser usadas em conjunto, ou separadamente que possam permitir compreender as considerações dos pacientes sobre a segurança em serviços de saúde, permitido às organizações e saúde melhorarem, usando esta importante perspectiva da segurança dos pacientes. |
A incorporação da "voz do paciente" é crítica para que o feedback do paciente seja colocado como parte integrante nas melhorias da segurança do paciente. |
Dixon et al. (2015), USA 21
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Questionário
Grupos Focais; |
Hospitalar (serviço de cirurgia) |
Determinar a percepção que os pacientes têm da segurança cirúrgica, com ênfase na interação com a equipa cirúrgica, nas diferentes fases. |
A prática corrente da segurança cirúrgica é encarada de forma positiva pelos pacientes, contudo os pacientes continuam a identificar a interação médico-paciente, relações e a confiança como os fatores mais positivos que influenciam a percepção de segurança. |
McInnes et al. (2014), Austrália 22
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Questionário |
Hospitalar (Ulceras de pressão) |
Conhecer qual a percepção que os pacientes têm do seu "papel" na prevenção de um risco específico, que é o de formar ulceras de pressão durante o internamento em dois serviços (ortopedia e neurologia), assim como fatores que inibem ou estimula a participação dos pacientes em estratégias de prevenção do aparecimento de úlceras de pressão. |
Para assegurar uma participação com sucesso dos pacientes na prevenção de ulceras de pressão, estes requerem educação durante o processo de admissão, gestão da dor e mal-estar e uma relação suportável e colaborativa com o pessoal prestador de cuidados. |
Rathert, et al. (2011) Canadá 23
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Questionário |
Hospitalar |
Explorar qual o "papel" que os pacientes consideram o seu, na segurança do paciente. |
Os resultados obtidos sugerem que os pacientes devem ser capazes de confiar que estão a receber a atenção adequada, em vez de assumirem um papel de liderança na sua segurança. Pode-se também verificar que envolver os pacientes em estratégias de e segurança pode ser complexo «, requerendo uma variedade de estratégias. Os gestores devem fornecer ambientes propícios à interação entre os prestadores de cuidados e os pacientes. Diferentes tipos de pacientes podem necessitar de diferentes tipos de estratégias. |
Giles, et al. (2013) UK 24
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Entrevistas qualitativas; |
Hospitalar |
Desenvolver uma ferramenta (questionário) para explorar se os pacientes são capazes de identificar fatores que podem contribuir para incidentes de segurança do paciente. |
Os pacientes foram capazes de identificar 13 dos 20 fatores que podem contribuir para um incidente de segurança o paciente, que constam no Yorkshire Contributory Factors Framework (YCFF). Identificaram fatores relacionados com a comunicação e fatores individuais mais frequentemente, e pelo contrário identificaram fatores relacionados com a equipa menos frequentemente. Além disso, identificaram um tema não incluído no YCFF: dignidade e respeito. |
Kistler C, et al.(2010), USA. 25
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Questionário |
Ambulatório |
Obter informações através de um questionário, sobre a percepção de erros no atendimento ambulatórios de adultos, os fatores associados com os erros percebidos, e se os participantes mudaram de médico com base nestes erros. |
Os pacientes são capazes de perceber os erros no seu diagnóstico e tratamento em cuidados ambulatórios. Esta percepção teve um efeito concreto na relação médico de família -paciente, levando muitas vezes os pacientes a procurarem outro médico de família. |
Ricci-Cabello I., et al (2016), UK 26
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Grupos Focais |
Cuidados de Saúde primários |
Explorar a percepção e experiência dos pacientes sobre a segurança do paciente nos cuidados de saúde primários em Inglaterra. |
A exploração da percepção e experiências dos participantes permitiu a identificação de uma vasta variedade de temas que foram identificados como tendo impacto na segurança do paciente em cuidados de saúde primários. |
Ricci-Cabello I., et al (2016), UK.27
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Questionário |
Cuidados de Saúde primários |
Desenvolver uma ferramenta que permita medir as experiências de segurança dos pacientes em serviços de saúde primários, bem como avaliar os seus resultados e testar as suas propriedades psicométricas. |
O Patient Reported Experiences and Outcomes of Safety in Primary Care (PREOS-PC) é uma novo instrumento (questionário) multi-dimensional para medir as experiências de segurança do paciente em cuidados de saúde primários, desenvolvido com especialistas e pacientes. Os testes iniciais demonstram seu potencial para uso em ambulatório, e os desenvolvimentos futuros abordarão ainda seu uso na prática clínica real. |
Solberg L, et al (2008), USA. 28
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Questionário |
Hospitalar; Cuidados de Saúde primários |
A partir da aplicação de um questionário verificar se os erros médicos percebidos pelos pacientes poderiam produzir informação suficientemente precisa para se utilizar como uma medida de segurança do paciente. |
Embora os relatórios dos pacientes acerca dos erros percebidos, possam ser uteis para melhorar a experiência do paciente na obtenção de cuidados de saúde, não podem ser utilizados para avaliar/medir erros técnicos e a segurança do paciente de forma confiável. |
Hernan A., et al. (2016), AUS. 29
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Questionário |
Cuidados de Saúde primários |
Desenvolver uma ferramenta (questionário) que permita medir desde o ponto de vista do paciente, a segurança dos cuidados, e que possa ser utilizada como base de uma gestão proativa da melhoria da segurança do paciente. |
A ferramenta desenvolvida (PC PMOS) permite aos pacientes fornecerem o seu feedback sobre os fatores que contribuem para potenciais incidentes de segurança. Esta ferramenta possibilita uma forma de as unidades de cuidados de saúde primários aprenderam a partir da perspectiva do paciente e fazer melhorias de serviço com o objetivo de reduzir os danos neste cenário. |
Hrisos & Thomson. (2013), UK 30
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Entrevistas semi-estrutradas; |
Hospitalar |
Explorar as vantagens e desvantagens percebidas da promoção de um "papel ativo" dos pacientes na melhoria da segurança do paciente, desde a perspectiva dos usuários dos serviços (pacientes e familiares) e dos profissionais de saúde. |
As abordagens que têm como objetivo impulsionar a melhoria da segurança do paciente através da participação dos pacientes, podem gerar desconfiança e criar tensões negativas na relação paciente-prestador. É necessária uma abordagem mais colaborativa, que encoraje os pacientes e os profissionais de saúde a trabalharem juntos. |
Brown et al. (2006). USA 31
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Entrevistas Semi-estruturadas;Análises de causa-raíz; |
Serviços de ambulatório; |
Fazer diagramas a partir o ponto de vista dos pacientes sobre as causas dos eventos adversos com medicamentos em cuidados ambulatórios. Examinar características das causas reportadas pelos pacientes, e identificar de entre essas causas as que têm sido abordadas na literatura |
O diagrama causal proporciona uma ferramenta de planificação amplamente acessível para reduzir os eventos adversos com medicamentos em ambulatórios ao mostrar toda a panóplia de possíveis causas, identificar fatores causais suportados pela evidencia, e revelar possíveis consequências dos esforços de mudança. As Estratégias de segurança da medicação centradas no paciente devem ter em conta barreiras psicológicas e práticas que os pacientes enfrentam na sua vida cotidiana. |
Carter et al. (2012), Australia 32
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Grupos focais |
Serviços de ambulatório e Farmácias; |
Investigar os fatores que podem motivar os pacientes a participar num programa de gestão de medicação. |
A preocupação acerca dos medicamentos é um fator chave de motivação, para que os participantes se comprometam na busca de informação sobre a medicação. As pessoas mais idosas que dependem fortemente da heurística parecem menos propensos a preocuparem-se com a sua medicação e dispostos a participar em serviços de administração de medicação. A redução relacionada com a idade na motivação para participar, pode ter implicações importantes para a segurança da medicação. |
Anthony et al. (2003), USA 33
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Vídeo |
Hospitalar (serviço de cirurgia); |
Descrever o desenvolvimento e avaliação do impacto do vídeo "LVHHN's Patient Safety". O vídeo aborda seis temas de interesse para uma ótima segurança do paciente: o plano de tratamento, medicação segura, quedas, identificação do sitio cirúrgico, lavagem e desinfeção das mãos, e o planeamento da alta clínica. Cada segmento descreve as estratégias que os pacientes podem utilizar, ou observações que podem fazer para melhorar os níveis de segurança do paciente. |
Os pacientes sentem-se mais confortáveis a falar sobre as suas dúvidas e questões, com os profissionais de saúde depois de verem o vídeo, tendo qualificado que o seu nível de conhecimento sobre a segurança do paciente, como mais elevado. Os pacientes em geral qualificaram as seis secções do vídeo como uteis. |
McTier et al (2013), Australia 34
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Entrevistas estruturadas |
Hospitalar (serviço de cirurgia) |
Explorar a participação do paciente no contexto da administração de medicação durante uma hospitalização, para uma intervenção cirúrgica a nível cardíaco. |
Todos os pacientes tinham alterações na sua medicação cardiovascular pré-operatória por circunstância da cirurgia. Mais pacientes foram capazes de enumerar e estabelecer o propósito e efeitos secundários da sua medicação cardiovascular em pré-operatório, que antes da alta hospitalar. Havia muito pouca evidencia que os enfermeiros utilizassem as oportunidades, como os tempos de administração da medicação, para envolverem os pacientes na administração da sua medicação. |
Pinto et al. (2012), UK 35
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Vídeo |
Hospitalar |
Explorar as atitudes dos pacientes depois de visionarem o vídeo PINK, um vídeo educacional para os pacientes, que tem como objetivo estimular os pacientes a se envolverem na segurança do paciente. |
De forma genérica, o vídeo foi recebido favoravelmente pelos entrevistados. Os benefícios comumente citados incluem a sensibilização e facilitação da participação dos pacientes nos cuidados que lhes são prestados durante a sua estadia no hospital. Mais variabilidade foi encontrada na opinião dos entrevistados acerca da função do vídeo como ferramenta de melhoria da segurança do paciente. Vídeos educacionais como o PINK têm um importante potencial para capacitar os pacientes na segurança e qualidade dos cuidados que recebem. No entanto, os esforços para implementar vídeos educativos sobre a segurança do paciente, têm de considerar as características e necessidades dos serviços, e adaptar esses vídeos. |
Jangland et al. (2011), Suécia 36
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Folheto informativo |
Hospitalar (serviço de cirurgia) |
Investigar o impacto do folheto "Tell-us" na perceção de qualidade do atendimento dos pacientes, centrado especificamente na participação do paciente. Avaliação do folheto, do ponto de vista dos pacientes. |
A utilização do folheto "Tell-us" resultou em melhorias significativas na capacidade dos pacientes em participar em decisões sobre os cuidados que lhes são prestados. Os pacientes que consideraram o folheto "Tell-us" mais útil, na sua interação com os enfermeiros e auxiliares de ação médica, do que com os médicos. |
Millman et al. (2011), USA37
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Sistema de notificação de incidentes; |
Hospitalar |
Apresentação de um caso que ilustra a utilização da perspectiva do paciente, como uma visão complementar à descrição do prestador dos cuidados. |
No caso apresentado, sem a perspectiva do paciente o hospital proferiu umas soluções débeis. No entanto, com a adição da perspectiva do paciente, foi possível identificar as possíveis alterações no meio, que têm maior probabilidade de reduzir os danos a futuros pacientes. Os pacientes têm uma perspectiva única para oferecer: são fundamentais para o processo de atendimento, ao mesmo tempo que observam. |
Rodríguez et al. (2008), Espanha 38
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Entrevistas semi-estruturadas; Grupos Focais; Entrevistas semi-estruturadas; Representantes de associações; |
Hospitalar; Cuidados de Saúde primários |
Conhecer as opiniões e experiências dos pacientes sobre a segurança do paciente em hospitais, e a sua perspectiva de participação na melhoria da mesma. |
Para os pacientes entrevistados o conceito de segurança não se limita à ausência de erros, mas compreende aspetos como, confiança, comunicação informação e participação. Na resolução de eventos adversos, a atitude de desculpa por parte do profissional é considerada um elemento chave. Avaliam-se positivamente a existência de protocolos e sistemas de notificação. No que respeita à comunicação os pacientes consideram que os profissionais deviam ter mais formação em comunicação. Uma maior participação dos pacientes, no próprio processo assistencial e na sua gestão clínica é considerada oportuna. |