1 |
Enfrentamento da violência contra mulher: articulação intersetorial e atenção integral |
2014 |
Pesquisa qualitativa e exploratória |
O estudo mostrou que a articulação intersetorial e a atenção disponibilizada pelos serviços são elementos que interferem no enfrentamento da violência contra a mulher. Ambos os elementos guardam relação com o fortalecimento da rede de atenção a mulheres vítimas de violência. O estudo sinaliza para a necessidade de se conhecer as atribuições de outras instituições e reafirma a importância da articulação entre elas. |
2 |
Abordagem a mulheres em situação de violência sexual na perspectiva da bioética |
2018 |
Pesquisa qualitativa e exploratória |
A equipe multiprofissional se depara com desafios na abordagem devido à falta de ambiente adequado e de profissionais para contemplar a integralidade do atendimento, assim como com déficits no próprio preparo do profissional. Persiste a subnotificação dos casos e a resistência a atender casos de violência sexual. Considera-se que a bioética de intervenção respalda ações interventivas de modo a transformar o contexto e promover melhorias na abordagem a mulher em situação de violência sexual, destacando-se a urgência de políticas públicas e leis verdadeiramente efetivas para a proteção da mulher. |
3 |
Políticas públicas de proteção à mulher: avaliação do atendimento em saúde de vítimas de violência sexual |
2017 |
Estudo exploratório e descritivo |
Observou evolução da legislação brasileira e crescente intervenção do poder público no intuito de controlar a violência. O serviço avaliado preconiza a humanização do atendimento, os princípios da dignidade, não discriminação, do sigilo e da privacidade, evitando a exposição e desgaste das vítimas. São realizados exames físicos e ginecológicos, outros complementares, como testes sorológicos e coleta de vestígios, em busca da identificação do agressor, além de assistência farmacêutica e acompanhamento multiprofissional. |
4 |
Práticas dos profissionais das equipes de saúde da família voltadas para as mulheres em situação de violência sexual |
2007 |
Estudo exploratório e descritivo |
Constatou que a violência sexual contra a mulher envolve questões nas dimensões singular, particular e estrutural da realidade objetiva, que merecem ser objeto de reflexão pelos profissionais de saúde. O atendimento às mulheres em situação de violência sexual só poderá ser eficaz à medida que haja um trabalho intersetorial, com políticas públicas claras e eficazes e com o adequado preparo dos profissionais de saúde. |
5 |
Atenção integral à saúde de mulheres em situação de violência de gênero - uma alternativa para a atenção primária em saúde |
2009 |
Pesquisa qualitativa e exploratória |
Recupera a proposta de atenção dirigida à violência sexual no Brasil e debate uma possibilidade de atuação na atenção primária tal como implantada no Centro de Saúde Escola Samuel B. Pessoa. As ações propostas e integradas ao Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) da unidade constituem uma atividade de atendimentos a conflitos familiares difíceis (CONFAD), conceituada como uma técnica específica de detecção, escuta e orientação qualificadas, que caracterizam uma técnica de conversa como agir profissional. Por fim, discutem aspectos relativos à conexão do setor saúde com a rede intersetorial de atenção e suas principais dificuldades. |
6 |
Violência doméstica contra mulheres e a atuação profissional na atenção primária à saúde: um estudo etnográfico em Matinhos, Paraná, Brasil |
2013 |
Pesquisa qualitativa e aproximação etnográfica |
A pesquisa revelou atendimentos centrados em: preceitos biologizantes, com foco em lesões físicas e medicalização; diálogo, escuta ativa, questões psicossociais e estabelecimento de vínculos, destacando-se agentes comunitários de saúde nesta abordagem. A escassez de estrutura local oficial para manejo da violência doméstica enseja atuação inscrita sob a gramática do acolhimento, preconizada pelo SUS, descrita pela literatura, verbalizada na UBS, mas pouco problematizada. |
7 |
O cuidar em enfermagem à mulher vítima de violência sexual |
2010 |
Estudo exploratório descritiva/qualitativa |
A partir desse estudo, aponta-se que o cuidar realizado pela enfermagem à vítima de violência sexual ainda é centrado no modelo tecnicista e que esse cuidar deve ser ampliado para uma ação acolhedora e humana, possibilitando uma relação de partilha de valores e emoções entre o ser cuidador e o ser cuidado, com uma atenção que transcenda o sentido de curar e tratar, contemplando com atitudes de solicitude, paciência e preocupação |
8 |
Elementos de integralidade nas práticas profissionais de saúde a mulheres rurais vítimas de violência |
2012 |
Estudo exploratório e descritivo |
Apontam como elementos de cuidados às usuárias rurais em situação de violência não só os dispositivos relacionais acolhimento, vínculo e diálogo, mas a construção de ações coletivas por meio de atividades grupais, reconhecidas como potencializadoras da promoção da saúde e do empoderamento individual e coletivo na dimensão dos eventos violentos |
9 |
Violência doméstica contra mulheres rurais: práticas de cuidado desenvolvidas por agentes comunitários de saúde |
2018 |
Estudo exploratório descritiva/qualitativa |
Os resultados revelaram que essas profissionais de saúde utilizavam práticas de cuidado relacionais, como o diálogo, a escuta ativa e o vínculo, bem como aquelas relativas ao próprio contexto e ao serviço de saúde, como as orientações e o trabalho em equipe. As agentes comunitárias de saúde encontravam possibilidades de identificar e intervir nas situações de violência doméstica contra mulheres rurais. Contudo, necessitavam de qualificação, apoio multiprofissional e intersetorial para que pudessem responder de modo eficaz às demandas biopsicossociais dessa população específica. |
10 |
Mudanças históricas na rede intersetorial de serviços voltados à violência contra a mulher - São Paulo, Brasil |
2020 |
Pesquisa qualitativa e exploratória |
Os dados mostram que, apesar da ampliação dos serviços de assistência, defesa e proteção da mulher, há dificuldades para um trabalho integrado nas ações e na interação dos profissionais a fim de buscarem um projeto assistencial comum, fundamento considerado principal para atuação em rede |