Este estudo avaliou a atuação de cirurgiões-dentistas (CD) nas instituições de longa permanência de Belo Horizonte (MG) e as práticas de higiene bucal adotadas. Questionários semiestruturados foram entregues aos coordenadores das 37 instituições filantrópicas e trinta privadas e coletados após uma semana. Os resultados foram comparados pelos testes Qui-quadrado e Exato de Fisher (p<0,05). Houve retorno de 81% dos questionários. A maioria das instituições privadas (74,2%) e filantrópicas (87%) não possui CD na equipe de saúde (p=0,21). A localização da instituição, o tempo de fundação, o tipo e o número de residentes não interferiram na presença de CD (p>0,05). Nas instituições filantrópicas com consultório, 67% possuíam CD, e nenhum CD trabalhava onde não havia consultório. Mesmo sem consultório, 13% das instituições privadas possuíam CD. 69,6% das filantrópicas encaminhavam o idoso em caso de necessidade para centros de saúde e, nas privadas, 58,1% direcionavam ao familiar (p=0,00). Maior percentual de instituições privadas adotava medidas sistematizadas de higiene bucal (p=0,01), com grande variabilidade nas condutas relatadas. Há necessidade da incorporação do CD na equipe de saúde das instituições e da sistematização das práticas de higiene bucal.
Atenção integral ao idoso; Saúde bucal; Instituições de longa permanência para idosos