O crescimento na incidência, prevalência e morbidade da asma durante as recentes décadas representa importante desafio para a saúde pública. Pólen é um importante desencadeador de alguns tipos de asma e tanto a sua quantidade como as especificidades das estações em que eles mais se disseminam dependem de variáveis climáticas e meteorológicas. No mesmo período em que se observa o incremento na incidência da asma houve considerável crescimento de concentração de dióxido de carbono na atmosfera e aumento da média de temperatura da superfície da terra. Nossa hipótese é a de que as mudanças antropogênicas do clima constituem um fator plausível para o incremento da incidência da asma. Maiores concentrações de dióxido de carbono e elevadas temperaturas podem aumentar a quantidade de pólen e induzir o aumento de variações climáticas que facilitam sua dispersão. Alergias a pólen podem aumentar como resultado de mudanças climáticas. Exposição precoce a ambientes que predisponham a alergias também podem provocar o desenvolvimento de condições atópicas, como eczema e rinite alérgica. Embora a etiologia da asma seja complexa, o recente incremento de sintomas de asma em nível global pode significar um dos antecipados efeitos sobre a saúde, de mudanças climáticas antropogênicas.
Alergias; Alergias a pólen; Mudanças climáticas antropogênicas; Asma; Dióxido de carbono