Fisher et al., 200427 |
Estados Unidos |
Estudo coorte |
873 indivíduos não institucionalizados |
Acesso a serviço odontológico/idade/gênero/raça/renda/número de dentes |
Desvantagem oral: doença gengival, dente sensível (quente e/ou frio) ou doença dentária. |
Entrevista e aplicação de questionário estruturado. |
Brancos eram mais propensos a buscar serviços odontológicos do que os negros. Entre os pacientes com periodontite grave, os brancos tiveram mais êxito nos tratamentos. |
Chavers et al., 200731 |
Estados Unidos |
Estudo coorte |
873 pessoas |
Cuidados odontológicos, fatores demográficos e fatores socioeconômicos |
Desvantagem oral |
Os dados foram extraídos de uma de um estudo longitudinal prospectivo sobre saúde bucal e atendimento odontológico. |
Existem diferenças significativas na incidência de desvantagem oral com base na abordagem do atendimento odontológico, raça, sexo, área de residência, nível de educação formal e situação financeira. |
Jimenez et al., 200932 |
Estados Unidos |
Estudo transversal |
16.821 pessoas |
Raça/educação/índice de renda de pobreza/ocupação, convênio odontológico/utilização de assistência odontológica/convênio médico/gênero/região de residência/procedência estrangeira. |
Perda dentária |
National Health and Nutrition Examination Survey III (NHANES III) - Exame clínico e entrevistas. |
A associação entre o número de dentes perdidos e fatores socioeconômicos foi atenuada entre negros e mexicanos-americanos em comparação com os brancos nesta população de estudo. |
Guiotoku et al., 20121 |
Brasil |
Etapa 1: estudo transversal Etapa 2: estudo ecológico |
12.811 adultos de ambos os sexos, na faixa etária de 35 a 44 anos. Em um segundo momento na tentativa de contextualizar as iniquidades passou-se a trabalhar com um grupo de 6918 negros e pardos |
Etapa 1: Renda familiar média (em dólares americanos) e escolaridade (em anos de estudo), acesso ao dentista e raça/cor da pele. Etapa 2: renda média familiar, índice de desenvolvimento humano (IDH) e índice de Gini (IGini). |
Etapa 1: Cárie (índice CPOD), perda dental, edentulismo anterior, dor de origem dentária, necessidade de prótese e acesso a dentista. Etapa 2: média do CPO-D, número médio de dentes perdidos e prevalência de edentulismo anterior, dor de origem dentária e necessidade de prótese, agregadas por estado. |
Dados secundários do levantamento nacional SB Brasil 2002-2003. O exame bucal foi realizado em domicílio por examinadores calibrados. |
Foram observadas diferenças significativas entre os grupos de raça/cor para todos os desfechos estudados. Evidenciou-se iniquidades raciais em saúde bucal no Brasil, com maior vulnerabilidade da população negra (pretos e pardos) em relação aos brancos. |
Antunes et al., 201325 |
Brasil |
Estudo ecológico |
8.505 pessoas residentes na cidade de São Paulo que morreram por câncer oral |
Raça cor da pele negra/gênero masculino |
Câncer oral |
Sistema de Informação sobre Mortalidade e Censo 2000. |
A taxa de mortalidade por câncer oral dobrou para homens negros no período de 2003-2009 |
Bruno et al., 201321 |
Brasil |
Estudo transversal |
29 indivíduos quilombolas |
Raça cor da pele negra |
Lesões Bucais/Doença periodontal |
Índice periodontal comunitário (CPI) |
Alta prevalência da doença periodontal foi encontrada (75,86%) nos quilombolas. |
Celeste et al., 201323 |
Brasil |
Estudo transversal |
2.791 funcionários de um campus universitário do Rio de Janeiro |
Marcadores comportamentais/ Discriminação autorrelatada/raça |
Perda dentária autorreferida |
Os dados foram coletados por meio de um questionário autoaplicável |
Após o ajuste, os negros tinham uma razão de chance de estar em uma categoria superior de dentes perdidos igual a 1,39 (IC95% 1,12-1,72), e pardos, 1,33 (IC95% 1,10-1,60), quando comparados aos brancos. |
Figueiredo et al., 201619 |
Brasil |
Estudo transversal |
120 indivíduos quilombolas. |
Comunidade quilombola e fluoretação da água |
Condição de saúde bucal |
Questionário estruturado e exame periodontal, além de realizar a coleta da água de consumo |
Ampla prevalência de cárie, assim como de perda dentária, com maior índice associado a comunidade quilombola rural. |
Bidinotto et al., 201713 |
Brasil |
Estudo transversal |
583 indivíduos pertencentes à comunidade Quilombola |
Raça cor da pele negra, baixa renda |
Autopercepção de saúde bucal negativa |
Aplicação de questionário estruturado. |
Autopercepção negativa de saúde bucal foi reportada por 313 (53,1%) indivíduos. Satisfação com aparência e mastigação é fator associado com autopercepção de saúde bucal dos quilombolas. |
Nazer e Sabbah, 201828 |
Estados Unidos |
Estudo transversal |
76.273 participantes maiores de 40 anos |
Pretos/Hispânicos/Outros |
Perda dentária |
Uso de dados secundários. Aplicação de questionário estruturado por telefone. |
Afro-americanos têm maior probabilidade de perda dentária do que outros grupos étnicos. A associação significativa entre etnia e perda dentária persistiu mesmo após o ajuste para a posição socioeconômica. |
Sandes et al., 201818 |
Brasil |
Estudo transversal |
669 quilombolas, com idade entre 65 e 74 anos, residentes em 33 comunidades rurais quilombolas distribuídos em 20 municípios diferentes |
Condições socioeconômicas/ uso de serviços odontológicos |
Condição de saúde bucal |
Foram realizados entrevistas e exames |
Os quilombolas analisados optam por procurar atendimento odontológico apenas em casos de dor ou extração. Precárias condições de saúde bucal, alto índice de edentulismo. Boa parte dos idosos relatou estar infeliz com seu próprio estado de saúde bucal. |
Han, 201930 |
Estados Unidos |
Estudo transversal |
12.307 adultos |
Educação/renda familiar/dados demográficos |
Visitas ao dentista/ Autoavaliação da saúde bucal/ Número de dentes perdidos. |
National Health and Nutrition Examination Surveys (NHANES) |
Negros não hispânicos relatam uma pior autoavaliação da saúde bucal do que os brancos não hispânicos. |
Celeste et al., 201924 |
Brasil |
Estudo transversal |
9.779 indivíduos de 35 a 44 anos |
Renda/escolaridade/raça |
Periodontite |
Entrevista e exame bucal |
Maior renda e escolaridade foi associada à diminuição da prevalência de periodontite moderada a grave. Não houve interações significativas entre renda e raça ou educação, nem entre raça e educação, nem entre raça e periodontite. |
Araújo et al., 202020 |
Brasil |
Estudo transversal |
864 indivíduos quilombolas |
Variáveis socioeconômicas e demográficas e variáveis de condições de saúde |
Perda dentária |
Aplicação de questionário estruturado. |
A maioria dos quilombolas do semiárido baiano relatou perda de pelo menos um dente por exodontia, e os que relataram ter cárie dentária, apresentaram maior chance de extração dentária. |
Schuch et al., 20214 |
Austrália |
Estudo transversal |
2.798 indivíduos |
Discriminação racial percebida/ renda/ escolaridade |
Comprometimento da saúde bucal |
Baseou-se nos dados do National Dental Telephone Interview Survey. |
Discriminação racial percebida está associada a problemas de saúde bucal e essa relação é socialmente padronizada. |
Miranda et al.,202122 |
Brasil |
Estudo transversal |
406 idosos quilombolas. |
Características sociodemográficas dos idosos quilombolas |
Acesso aos serviços odontológicos |
Entrevistas estruturadas e exames clínicos odontológico. |
Idosos quilombolas possuíam uma condição precária de saúde bucal e tinham acesso restrito aos serviços odontológicos. E os idosos de idade mais avançada apresentavam maior dificuldade em acessar o serviço de saúde odontológica. |
Muralikrishnan e Sabbah, 202129 |
Estados Unidos |
Estudo transversal |
4.858 indivíduos |
Discriminação racial |
Perda dentária |
Behavioral Risk Factor Surveillance System (BRFSS) 2014 |
Este estudo demonstrou um papel potencial para a discriminação na perda de dentes entre adultos americanos. A discriminação também poderia explicar parte das desigualdades étnicas em saúde bucal. |
Karam et al., 202226 |
Brasil |
Estudo transversal oriundo de uma coorte |
537 indivíduos |
Desigualdades sociais e raciais |
Autoavaliação da saúde bucal |
Oral Health Study (OHS) |
Os resultados deste estudo demonstram disparidades raciais na saúde bucal independentemente da renda e escolaridade. Além disso, foi identificada autoavaliação negativa da saúde bucal foi mais prevalente entre os participantes pertencentes a minorias raciais/cor da pele. |