Resumo
O objetivo central deste artigo consiste em analisar os usos expressivos do som do vento na produção anglo-jordaniana-qatariana À sombra do medo (2016). Na maioria dos filmes, o vento possui presença discreta, apenas para dar impressão de verossimilhança e reforçar o senso de imersão do espectador na diegese. O filme estudado constitui uma exceção, na qual o sopro do vento incorpora um personagem sobrenatural e conduz o espectador, através do desenho de som, a uma experiência de tensão, desconforto e medo, além de simbolizar a repressão política no país. A análise fílmica será precedida por uma breve revisão histórica do papel do som do vento nos filmes.
Palavras-chave sound design; horror; cinema iraniano; gênio; vento