Resumo
Para Charles S. Peirce (1839-1914), fundador do pragmatismo filosófico e da semiótica moderna, não há antagonismo entre os discursos literário e científico. Ambos os textos literário e científico são signos que propõem argumentos por meio de símbolos, índices e ícones. De modo similar, argumentos científicos e literários exercem uma agência semiótica autônoma e criam suas próprias realidades. O artigo apresenta Peirce como um cientista, bem como um leitor e crítico da literatura mundial e faz um resumo do trívio semiótico peirceano da gramática especulativa, lógica crítica e retórica especulativa e da sua aplicabilidade ao estudo do discurso literário.
Palavras-chave literatura e filosofia; Charles S. Peirce; semiótica literária; gramática especulativa; lógica crítica; retórica especulativa; interpretação